ARTIGOS

Doação de Órgãos

Você sabia que setembro foi o mês escolhido para sensibilizar a população a ser doadora de órgãos e tecidos?  Pois é, e para incentivar a população, o Ministério da saúde (MS) traz como tema “ Doe Órgãos. A Vida Precisa Continuar”. O Tema ainda é delicado e um tabu para muitos, por isso a necessidade de campanhas e ações para conscientização e importância em ser doador e salvar vidas. 
 
Todo indivíduo pode optar em vida ser um doador, deixar registrado em um papel, no próprio Registro Geral (RG) pode acrescentar essa informação, mas para acontecer a doação pós morte, no caso de morte encefálica, somente se houver autorização de familiar de primeiro grau, como consta em lei, caso contrário a doação não poderá ocorrer. Por isso existe a necessidade de sempre expor aos familiares essa vontade em ser doador e tentar incentivar a todos desse ato de amor.  
 
O transplante de órgãos pode acontecer de duas formas, a primeira forma é com o doador vivo, qualquer pessoa que concorde em doar, mas não prejudique a própria saúde, pode doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea. Por lei parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores, pessoas não parentes, somente com autorização judicial. A segunda forma é o doador falecido, quando ocorre a morte encefálica, geralmente vítimas de acidente vascular encefálico, traumatismo craniano e acidentes em geral que ocasionem essa morte cerebral.  
 
Para ser um doador em vida, e necessário se cadastrar e imprimir seu cartão de dador pelo site da Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e Tecidos (Adote) http://www.adote.org.br/.
 
O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina, e desde 2017 foi retirada a necessidade de um neurologista diagnosticar a morte encefálica. A constatação deverá ser feita por médicos com capacitação específica, obedecendo o protocolo. Para diagnosticar a morte encefálica, existem critérios padronizados e passíveis a serem realizados em território nacional. 
 
O não entendimento e conhecimento do familiar sobre a morte encefálica faz com que muitas doações sejam negadas, o familiar tem dúvida se realmente o ente querido está morto. 
 
Quando ocorre o diagnóstico de morte encefálica, significa que o cérebro não possui mais nenhuma atividade, teve perda completa e irreversível das suas funções, sendo incompatível com a vida. 
 
Todos esses cuidados ampara e auxilia a equipe médica em fechar o diagnóstico e em poder conversar com os familiares de forma imediata sobre o interesse na doação dos órgãos.    
 
A campanha também acontece para informar todas as particularidades da doação, legislação e obviamente mobilizar todos a ser um doador. 
 
Em caso de doação positiva, um único doador, se saudável, consegue salvar até nove vidas, é possível retirar do falecido: Córnea, coração, pulmão, fígado, rim, ossos, pâncreas, medula óssea e pele.
 
As pessoas com doenças infectocontagiosas (HIV positivo, hepatite B e C, doenças de chagas entre outras), doenças degenerativas crônicas, tumores malignos, doentes em coma ou que tenham sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas não podem ser doadores de órgãos.
 
O Brasil é referência na área de transplante, possui o maior sistema público, atualmente, 96% dos procedimentos que ocorrem no país são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), todos os pacientes recebem assistência integral, com consultas, exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento pós cirúrgico e medicamentos, tudo custeado pelo SUS. Em números, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos. 
 
 A fila de espera para receber um órgão ainda é grande e crescente, a pandemia do novo coronavirus fez com que a doação de órgão e realizações de transplantes caísse em relação os últimos anos, um exemplo é que de janeiro a julho de 2019 foram realizados 15.827 transplantes, no mesmo período em 2020 o número foi de 9.952, uma diminuição significativa. 
 
Além de situações como a pandemia, que impede os procedimentos e diminui ainda mais a doação pela viabilidade do órgão, ainda existe um número pequeno de doadores, e por isso pessoas acabam indo a óbito na fila de espera. 
 
Dia 27 de setembro foi instituído como o dia nacional da doação de órgãos e tecidos, junto com o mês verde, para conscientizar cada vez mais a população em ser doador, doar significa salvar vidas, doe você também.    
 
 
 
Fontes:

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