O fim do ano é marcado pelos meses mais coloridos. Enquanto Setembro é amarelo, Outubro vêm rosa pela prevenção do câncer de mama. Podemos ver pelas cidades os diversos prédios e monumentos iluminados, campanhas publicitárias e laços rosas em apoio a campanha.
A série de campanhas de conscientização sobre a doença, que é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, teve início nos EUA como forma conscientizar a população sobre essa doença que afeta tantas mulheres pelo mundo. O câncer de mama é segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Para o Brasil, foram estimados 59.700 casos novos de câncer de mama em 2019, com risco estimado de 56 casos a cada 100 mil mulheres.
Conhecer a doença e como preveni-la é de suma importância, já que 95% dos casos identificados em sua fase inicial tem possibilidade de cura e por isso exames como a mamografia são essenciais. Ainda assim sofremos com a falta de informação que tanto agrava a situação do câncer nas mulheres.
História
O movimento teve início no ano de 1990 em um evento chamado “Corrida pela cura”, em Nova Iorque, para arrecadar fundos para a pesquisa realizada pela instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation, mas não possuía envolvimento de instituições públicas ou privadas.
A primeira ação no Brasil aconteceu em 2002, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Com a iluminação do Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista, mas a partir de 2008, iniciativas tornaram-se cada vez mais frequentes. Diversas entidades passaram a participar iluminando prédios e monumentos para espalhar a necessidade da prevenção.
Divulgação
Atualmente uma das maneiras mais efetivas de divulgação são as mídias sociais. “Além de uma poderosa ferramenta de conscientização, as mídias sociais podem trazer um novo insight sobre as barreiras enfrentadas pelos pacientes em busca de detecção precoce ou mesmo de tratamento”, diz Luciana Clark, oncologista e diretora de Comunicação Científica da Kantar Health no Brasil. “Muitas destas barreiras podem ser removidas através da educação, melhora da comunicação e suporte psicológico, o que aumentaria o acesso dessas pacientes aos exames e ao tratamento. Daí a importância das redes sociais para mapear estas dificuldades e realizar uma intervenção positiva”.
Fatores de Risco
Não há uma causa específica para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolver da doença, como: envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva (idade da primeira menstruação, ter tido ou não filhos, ter ou não amamentado, idade em que entrou na menopausa), histórico familiar do câncer, consumo de álcool e outras drogas, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.
Prevenção do Câncer de Mama
A prática de atividade física e de alimentação saudável, com manutenção do peso adequado, estão associadas a diminuição do risco de desenvolver câncer de mama: cerca de 30% dos casos podem ser evitados quando são adotados esses hábitos. A amamentação também é considerada um fator protetor.
Além da atenção ao próprio corpo, notando possíveis alterações na textura, cor e tamanho ou da formação de nódulos, mulheres de acima de 50 anos devem fazer mamografia periodicamente. A mamografia nesta faixa etária, a cada dois anos, é a rotina adequada e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo.
Faça a sua parte e espalhe conscientização. A melhor maneira de prevenir é conhecendo.