ARTIGOS

Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência

Impacto na vida da família, jovens mulheres e adolescentes!

A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, definida em Lei nº 13.798/2.019, como aquela que inclui o dia 1º de fevereiro. É dedicada anualmente a disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência.

Dentre os problemas de saúde nessa faixa etária, a gravidez se sobressai. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação nesta fase é uma condição que eleva a prevalência de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido, além de agravar problemas socioeconômicos já existentes.

A desinformação sobre sexualidade, direitos sexuais e reprodutivos é o principal motivo. Questões emocionais, psicossociais e contextuais também contribuem, inclusive para a falta de acesso à proteção social e ao sistema de saúde, englobando o uso inadequado de contraceptivos.

Fatores que aumentam os riscos da gestação na adolescência:

  • Idade menor que 16 anos ou ocorrência da primeira menstruação há menos de 2 anos;
  • Altura da adolescente inferior a 1,50 cm ou peso menor que 45kg;
  • Adolescente usuária de álcool ou de outras drogas lícitas ou ilícitas (cocaína/crack ou medicamentos sem prescrição médica);
  • Gestação decorrente de abuso/estupro ou outro ato violento/ameaça de violência sexual;
  • Existência de atitudes negativas quanto à gestação ou rejeição ao feto;
  • Tentativa de interromper a gestação por quaisquer meios;
  • Dificuldades de acesso e acompanhamento aos serviços de pré-natal;
  • Não realização do pré-natal ou menos do que seis visitas de rotina;
  • Presença de doenças crônicas: diabetes, doenças cardíacas ou renais;
  • Infecções sexualmente transmissíveis; sífilis, HIV, hepatite B ou C; hipertensão arterial;
  • Presença de doenças agudas e emergentes: dengue, zika, toxoplasmose, outras doenças virais;
  • Ocorrência de pré-eclâmpsia ou desproporção pélvica-fetal, gravidez de gêmeos, complicações obstétricas durante o parto, inclusive cesariana de urgência;
  • Falta de apoio familiar à adolescente.

 

10 Pontos fundamentais para reduzir as taxas de gravidez na adolescência:

  1. Sensibilizar e capacitar profissionais da saúde para o atendimento de adolescentes e promover reciclagem periódica destes profissionais;
  2. Garantir o fornecimento de métodos contraceptivos gratuitos nas Unidades de Sáude;
  3. Promover rodas de conversa com Grupos de Adolescentes e formar entre eles, agentes multiplicadores;
  4. Estimular o envolvimento dos adolescentes na criação de aplicativos ou vídeos educativos com divulgação monitorada;
  5. Promover interface com as Secretarias de Educação, Saúde, Cultura e Esporte e poder público, executivo e legislativo, buscando ações para medidas legislativas;
  6. Estabelecer parceria com Instituições de Ensino Superior nas áreas de saúde, educação, esporte, cultura e entidades cientificas;
  7. Incentivar pesquisas na rede pública com financiamento e premiações;
  8. Estabelecer linha de cuidado nas Instituições de Saúde;
  9. Criar espaços de atendimento em locais vulneráveis;
  10. Estimular a troca de experiências exitosas interestaduais nacionais e internacionais.

Não deve ser descartado a curiosidade da adolescente para com as coisas novas e proibidas. Em relação a isto a OMS destaca que como parte natural do processo de desenvolvimento das adolescentes está o comportamento exploratório e experimental, que traz consigo alguns riscos, e dentre estes estão certas formas de comportamento sexual, a percepção de achar que não engravida da primeira vez, dentre outras.

Em qualquer dos casos, as iniciativas devem ocorrer de forma articulada, na perspectiva da proteção integral, por meio do atendimento e acolhimento adequado para as meninas, adolescentes e jovens mulheres em relação às suas demandas carências, bem como aos seus planos e expectativas de vida.

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