A doação de órgãos e tecidos é um ato grandioso e que pode salvar inúmeras vidas. No Brasil existem atualmente cerca de 55 mil pessoas na espera por um órgão e, para muitos que estão gravemente doentes, o transplante significa um renascer, uma nova vida e a esperança por dias melhores.
O que preciso fazer para ser um doador?
É preciso avisar sua família sobre seu desejo solidário de se tornar um doador após sua morte. Não é necessário deixar à vontade expressa em documentos ou cartórios, basta que sua família atenda ao seu pedido e autorize a doação de órgãos e tecidos.
Posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
É regulamentado pela Resolução Nº 2.173, de 23 de novembro de 2017, do Conselho Federal de Medicina – CFM. A constatação da morte encefálica deverá ser feita por médicos com capacitação específica, observando o protocolo estabelecido que possui os critérios precisos, padronizados e passíveis de serem realizados em todo o território nacional.
Como é realizada a retirada dos órgãos?
A retirada dos órgãos é realizada em um centro cirúrgico.
Para quem são destinados os órgãos?
São para pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista de espera única e informatizada em uma mesma base de dados.
Cabe à Central Estadual de Transplantes gerar a lista de receptores compatíveis com o doador em questão. Se não existirem receptores compatíveis ou o estado não realizar a modalidade de transplante referente ao órgão doado, o órgão é ofertado à Central Nacional de Transplantes (CNT) do Ministério da Saúde, para a distribuição nacional.
A posição na lista de espera é definida por critérios técnicos de compatibilidade entre doador e receptor. Para alguns tipos de transplantes é exigida, ainda, a compatibilidade genética.
Quais são os tipos de doador?
Existem dois tipos de doadores: os vivos e os falecidos.
Doador vivo: é qualquer pessoa saudável e capaz, nos termos da lei, que concorde com a doação e que esteja apta a realizá-la sem prejudicar sua própria saúde.
Doador falecido: é qualquer pessoa identificada cuja morte encefálica ou parada cardíaca tenham sido comprovadas e cuja família autorize a doação.
Quais órgãos e tecidos podem ser doados?
O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado ou dos pulmões, sangue e medula óssea.
O doador falecido por morte encefálica pode doar órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino e tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.
O doador falecido por parada cardíaca: pode doar apenas tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.