Nunca é fácil receber a notícia de que um amigo ou familiar se suicidou. Em um momento como esse, é comum questionar a si mesmo: “Como não notei que isso poderia acontecer?”. Infelizmente é comum não perceber. Todos os anos, em torno de 800 mil pessoas se suicidam, mas pelo menos 65 mil dessas mortes poderiam ser evitadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que um suicídio acontece a cada 40 segundos no mundo. Prestar atenção nos indícios que pessoas com tendências suicidas apresentam pode ajudar a evitar que alguém querido chegue a esse extremo.
A campanha Setembro Amarelo tem o objetivo de conscientizar a população sobre o suicídio e formas de evitá-lo. Durante todo esse mês, o assunto estará em pauta, mas é importante que as informações sejam colocadas em prática também no restante do ano.
Atente-se aos sinais
Isolamento
Pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar sem razão aparente, deixando de atender ligações, responder mensagens e interagir nas redes sociais. Também podem reduzir drasticamente a participação ou deixar de comparecer a todas as atividades sociais, inclusive àquelas que costumavam lhe agradar.
Comentários sobre morte e desesperança
É comum que façam muitos comentários sobre morte e suicídio. Podem falar, escrever ou desenhar manifestações de desesperança, sentimento de culpa, falta de autoestima ou visão pessimista da vida.
Demonstração de intensões suicidas
Expressões como “Eu só queria dormir e nunca mais acordar”, “Eu quero morrer”, “Vou deixar de ser um peso para vocês”, “Todos vão ser mais felizes sem mim”, “Eu gostaria de não ter acordado hoje” ou “É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar” podem ser ditas por uma pessoa com comportamento suicida e não devem ser tratadas como frescura ou apenas desabafo momentâneo. Em muitos casos, são pedidos de ajuda.
Apesar de 79% dos suicídios no mundo acontecerem em países de baixa e média renda, pessoas de todas as origens, idades e classes sociais podem ser afetadas. Há uma relação estabelecida entre distúrbios mentais e suicídio, mas outros fatores também merecem atenção: perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual, identidade de gênero e raça, agressões físicas ou psicológicas, sofrimento relacionado ao trabalho, conflitos familiares, perda de entes queridos, doenças crônicas muito dolorosas e/ou incapacitantes, entre outros. Esses fatores podem causar vulnerabilidade e merecem atenção.
Artigo original: http://painel.programasaudeativa.com.br/materias/saude-da-mente/sinais-suicidas