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Dezembro Vermelho: A prevenção do preconceito e da AIDS

Você já ouviu falar da AIDS. Você já ouviu falar do HIV. Mas, ainda assim, devido ao tabu em se discutir a doença, estima-se que a cada 15 minutos uma pessoa se infecta com o vírus no Brasil e sete pessoas morrem por dia em São Paulo. Vamos conversar sobre ela e desmistificar essa doença?

A Doença

A AIDS é o estágio avançado da doença que ataca o sistema imunológico, conhecida também por “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”, ou HIV. Este vírus ataca as células de defesa do corpo humano, deixando o organismo vulnerável à doenças e infecções. O principal preconceito se vem da forma de transmissão da doença, que muitas vezes é exagerada ou subestimada, resultando na segregação dos portadores do vírus.



Transmissível por:

  • Sexo vaginal sem camisinha;
  • Sexo anal sem camisinha;
  • Sexo oral sem camisinha;
  • Uso de seringa por mais de uma pessoa;
  • Transfusão de sangue contaminado;
  • Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
  • Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.



Intransmissível por:

  • Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
  • Masturbação a dois;
  • Beijo no rosto ou na boca;
  • Picada de inseto;
  • Aperto de mão ou abraço;
  • Sabonete/toalha/lençóis;
  • Talheres/copos;
  • Assento de ônibus;
  • Piscina;
  • Banheiro;
  • Doação de sangue;
  • Pelo ar.



Os primeiros sintomas da doença podem ser confundidos com apenas um mal-estar, sendo os mais comuns: febre constante, manchas na pele, calafrios, diarreia constante e perda de peso. Mesmo quando aparecem com maior intensidade, podem ser interpretados como os sintomas de uma virose. Por isso é importante fazer o teste específico para confirmar a presença do vírus.

Só no Brasil, 15 mil pessoas morreram em decorrência do vírus HIV em 2015. Também se apontou um aumento de 18,5% das pessoas que vivem com a doença em apenas 5 anos no país. A Secretaria de Saúde mantém uma série de ações educativas com o intuito de reduzir tais índices. No entanto, a população mais jovem tem deixado de usar o preservativo em suas relações sexuais e dificultando o controle da doença.

Prevenção

Evitar a doença é simples. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. O preservativo está disponível gratuitamente na rede pública de saúde.

A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir contra muitas das doenças sexualmente transmissíveis, como a própria AIDS, alguns tipos de hepatites e a sífilis. Além disso, também evita uma gravidez não planejada. Por isso, use camisinha sempre.

Porém, o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV. Além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico, ele previne contra a reinfecção pelo vírus causador da aids, o que pode agravar ainda mais a saúde da pessoa.

A PEP

A Profilaxia Pós-Exposição, ou simplesmente PEP, é um tratamento com terapia antirretroviral durante 28 dias para se evitar a sobrevivência e a multiplicação do vírus no organismo da pessoa. Ela é indicada para aqueles que possam ter tido contato com o vírus em alguma situação, tais como:

  • Violência sexual;
  • Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha);
  • Acidente de trabalho (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico).



Para funcionar, o tratamento deve ser iniciado logo após a exposição de risco, em até 72 horas. Procure imediatamente um serviço de saúde que realize atendimento de PEP assim que considerar ter estado em uma situação de contato com o HIV. É importante observar que a PEP não serve como substituta à camisinha. O uso de preservativos ainda é a melhor maneira de se evitar a transmissão do vírus. Não deixe jamais de utilizar camisinha e se proteger em toda relação sexual.

A Campanha

O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de aids.

O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação ao sangue e à ideia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos na Guerra do Golfo.

Foi usado publicamente, pela primeira vez, pelo ator Jeremy Irons, na cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991. Ele se tornou símbolo popular entre as celebridades em cerimônias de entrega de outros prêmios e virou moda. Por causa de sua popularidade, alguns ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de o laço se tornar apenas um instrumento de marketing e perdesse sua força, seu significado. Entretanto, a imagem do laço continua sendo um forte símbolo na luta contra a aids, reforçando a necessidade de ações e pesquisas sobre a epidemia.

Não faço parte do grupo de risco, posso ficar tranquilo/a?

No começo da epidemia, pelo fato da aids atingir, principalmente, os homens homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, por preconceito, esses grupos eram considerados grupos de risco.

Atualmente, falamos em comportamento de risco e não mais em grupo de risco, pois o vírus passou a se espalhar de forma geral, não mais se concentrando apenas nesses grupos específicos. Um exemplo disso é que o número de heterossexuais contaminados por HIV tem aumentado proporcionalmente com a epidemia nos últimos anos, principalmente entre mulheres. Por isso, a prevenção e a informações é essencial para o Combate à Aids!

 

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